terça-feira, 13 de maio de 2014

Pitty - {Des}Concerto

Olá, pessoas! (:


Com apenas dois álbuns de estúdio, a banda da bahiana Pitty, já com sucesso consolidado e absoluto, lança em 2007 o {Des}Concerto Ao Vivo, com o vídeo do show e o Making Of – {Des}Concert Ao Vivo – Exposé, detalhando o controle e preparativos dos integrantes da banda quanto aos detalhes, principalmente da vocal (como é sagazmente sugerido na primeira cena do vídeo, quando os integrantes estão entrando no palco e a Pitty passa pela câmera do backstage e dá uma ajustada no quadro), um verdadeiro “behind the scene”.

 Gravado no Citibank Hall em São Paulo, eles vem pra mostrar (nada sutilmente) a sua trajetória vitoriosa e ascendência promissora, num show pesado, todo dark, ofegante e intenso! A despeito do “pouco” tempo de estrada, distribui sucessos e ostenta o coro apaixonado da plateia em cada música, que mesmo complexas, são inteiramente decoradas e acompanhadas, vírgula por vírgula.
É o rock brasuca mostrando a quê veio... Porrada com vocal feminino!

  

O pontapé inicial do show é com “Anacrônico, a música que dá nome ao segundo álbum, com as ilustrações do mesmo aparecendo ao fundo e câmeras em vários ângulos e efeitos de foco, mudando com a velocidade que a música dita pra deixar a cena tão agitada quanto a abertura merece.

Ainda em ritmo de porrada, a banda resgata do primeiro álbum a “Admirável Chip Novoe seu clima revolucionário, com a mesma dinâmica de troca rápida de câmeras, mas agora sem iluminação no fundo (que estampa a cara do segundo CD).

Pra tomar fôlego, o ritmo diminui de leve e entra a apocalíptica “Semana que Vem, e ao fim se ouve o clamor apaixonado da multidão, que acompanha impecável cada música, e num primeiro contato de saudação da cantora, ela já veste a camisa da filosofia que acabara de cantar, dizendo que esta cantando cada música como se o mundo fosse acabar depois da próxima...


Novamente com cara de “Anacrônico”, entra em campo Déjà Vu, mantendo o clima de “amando a Pitty como se não houvesse amanhã” vivido na pista lotada e de braços inquietos.

No finalzinho da música, os músicos já tomam os trejeitos de Brinquedo Torto, anunciando nas entrelinhas a  canção que segue, o hino dos “desencaminhados”, que chega regada a distorções da guitarra do Martin, quando entra a Pitty tocando os riffs da introdução...

Em seguida, a poderosa Memóriase sua bagagem de crise existencial, que ganha um medley com Leaving Babylon(Sublime), e volta a crescer nos riffs da introdução e explode novamente.

Com um jogo especial de luz nos bumbos da música, Na Sua Estanteentra e Pitty canta com a voz rasgada, acompanhando com uma pandeirola vermelha e instaura magicamente esse clima poderoso da canção, de uma despedida tão dolorosa quanto necessária.

Finalmente, a primeira inédita do show: Malditos Cromossomos, rápida, agressiva e nerd, que pega um apanhado de características, os traços do que somos, genética ou “adestradamente”, e nos maldiz assim, portanto, num jogo de palavras, confundindo os ouvidos e sentencia: “malditos como somos!”

Novamente com a Pitty tocando guitarra, é a vez da esquizofrênica De Você, com tanta íra que a corda da guitarra estoura... Ao final ela precisa pedir que lhe devolvam ao menos uma de suas palhetas, levadas do pedestal do microfone, tinha que ser em SP, hein... rs.

Com a iluminação mínima em pontos isolados, começa o solo com os power chords grungeanos de No Escuroe do meio pra frente, já sem a guitarra, a cantora incendeia a música, some da vista, deitada no chão do palco, grita, levanta a galera.

E então o clima suaviza com a doce Equalize, apaixonada e irresistível, um dos maiores sucessos da banda, e aquele momento do show quando a vocalista tem vontade de cantar com um saco de papel na cabeça, e você canta como se “love were such an easy game to play”. O momento “Own <3”.


Eis a segunda e última música inédita do show, Pulsos. Forte, com misto de frieza e desespero, anseio suicida... O frio na espinha, tanto para o tentado, quanto ao receoso pelo próximo. A cara dos lendários rockeiros que terão 27 eternamente...

É a vez da ~gringa~ Ignorin’Ucom a Pitty de guitarra na mão o tempo todo, compenetrada, envolvida... Como quem se volta a si mesmo pra se acertar consigo e “to ignore u”.

A quase Saideiravem levantar o quase final, “mais um copo quente pra pessoas um tanto frias” e uma plateia tão envolvida quanto se pode estar!

Puxando um coro “A lá Ramones” de “Hey Ho, Let’s Go!”, junto com I Wanna Be” começam os mosh’s e ouve-se a plateia responder o refrão como se estivessem no pique das primeiras músicas... A bomba é de adrenalina, e explode com mais de 1h de show rolando!

Num clima super punk instaurado, a rápida Seu Mestre Mandoutermina de incendiar a galera e a Pitty também se joga num tímido e rápido mosh, mas que quase lhe custa a blusa...


Pra fechar, a auto-afirmativa e poderosa Máscara, com direito a fã no palco cantando trecho errado e dominando microfone por 5 segundos de fama #fail, e um final com solo vocal exausto e apaixonado, uma plateia eufórica, com cara de “quero mais!”.

Segue link do show na íntegra, enjoy! (:


Até o "Chiaroscuro"
Tchau!

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